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Foto do escritorSílvio Pereira

Berthoud | 1800 | Prata

Atualizado: 14 de jul. de 2022

Série: GRANGES MARCAS

 

Por Sílvio Pereira



- Relógio de Bolso. Datado da década de 1800.

- Número de Série: 17553

- Manufactura: Berthoud

- Calibre: Formato Dupla platina com galo à vista. S/ número

- Protecção do movimento: Tampa protectora em latão.

- Tipo de Escape: Palhetas de reencontro (verge).

- Balanço: latão, com espiral plana..

- Reserva de Marcha: 30 horas

- Frequência: 18000 A/h

- Rubis: 0

- Material da caixa: Tripla em Prata - 0,935 pureza

- Mostrador: esmalte sem imperfeições ou cabelos

- Data do mês: ponteiro central.

- Pequenos segundos: às 6 horas

- Diâmetro da caixa: 54mm

- Espessura: 23mm

- Peso: 121,12 g

- A mola real é accionada através de chave no mostrador ligada a um fuso que controla o tambor.

- Ponteiros: Tipo Breguet. Accionados directamente através de chave pelo mostrador.

- Numerais: Arábicos para as horas e calendário. Indexes para os minutos.

- Vidro: Curvo em muito bom estado.

- Numeração da tampa de caixa: 17553


 


FERDINAND BERTHOUD E A HISTÓRIA DE UMA GRANDE MARCA


Fundada: 1753

Local de fundação: Paris, França

Fundada por: Ferdinand Berthoud

Sede atual: Fleurier, Suíça

Propriedade: Chopard Group

Nome oficial: La Chronométrie Ferdinand Berthoud


A história da manufactura Ferdinand Berthoud começa no século XVIII quando o relojoeiro francês Ferdinand Berthoud conquistou oficialmente o título de Mestre Relojoeiro em 1753. Com esse título abre uma oficina, em Paris.

Ferdinand Berthoud nasceu em 1727 na Suíça. Aos 14 anos, o seu irmão, Jean-Henry, aceita-o como aprendiz de relojoeiro em Couvet, onde também recebe uma sólida formação científica. Aos 18 anos começa a estudar relojoaria em Paris. Após alguns anos de treino e bolsa de estudos, é reconhecido como um relojoeiro verdadeiramente talentoso.


Em 1752, apresenta à Academia de Paris um complexo relógio de equações do tempo. Uma peça considerada altamente engenhosa. Este torna-se o ponto de partida da sua carreira também como investigador. Aos 26 anos, em 1753, o rei francês ordena que Ferdinand Berthoud seja nomeado maître (mestre), o que lhe permite abrir sua própria oficina.

Ocupa o cargo de Relojoeiro-Mecânico, por nomeação do rei, na marinha Francesa em 1770 e sucede no trabalho o pioneiro em cronómetros de marinha Henry Sully (1680-1729) juntamente com seu grande rival, Pierre Le Roy (1717-1785). Berthoud contribui para o desenvolvimento do cronómetro, tornou-se membro do Instituto Francês e foi eleito membro da Royal Society de Londres em 1764. .Entre outras obras, escreveu Essai sur l'horlogerie em 1763. É considerado um dos inventores do cronómetro de marinha que serve para determinar a longitude no mar necessária à navegação.


Ferdinand entrega os negócios diários da sua oficina


Em 1775, Ferdinand entrega o trabalho diário de sua oficina ao seu sobrinho Henry Berthoud, que já era responsável pela produção de relógios decorativos de alta qualidade e relógios de uso pessoal. Um momento importante na história da marca uma vez que, a partir deste momento, Ferdinand está menos envolvido na relojoaria. Isso dá-lhe ainda mais tempo para trabalhar nos seus livros, ensaios e pesquisas, e Henry continua na 'divisão de relógios'. Quando Henry morre em 1783, Ferdinand passa as rédeas para o seu outro sobrinho, Pierre-Louis Berthoud (conhecido como Louis Berthoud) que já o tinha ajudado na construção de relógios marítimos desde 1769. Em 1784, Louis Berthoud foi premiado com o título de “Aprendiz Relojoeiro-Mecânico da Marinha” após a entrega do primeiro relógio de bolso de longitude ao Príncipe das Astúrias, o futuro Rei Carlos IV de Espanha.

Ferdinand Berthoud casa-se duas vezes. Primeiro com Mademoiselle Chati de Cean, depois com Mademoiselle Dumoustier de Saint Quentin. Não teve filhos. Por esse motivo, quando morre em 1807, o seu negócio é passado para seu sobrinho Louis. Louis Berthoud (1759-1813) que morre apenas seis anos depois. Os seus filhos Jean-Louis e Charles-Auguste assumem a empresa e, a partir daí, os seus relógios são fabricados com a assinatura “Berthoud Frères”. Charles-Auguste é o cérebro da empresa, como tal, após sua morte em 1876 a marca entra em coma.


Chopard revive a marca

Seguiriam vários outros proprietários da marca até 2006, quando a história de Ferdinand Berthoud tem um novo impulso. Chega aos ouvidos de Karl-Friedrich Scheufele, o co-presidente da Chopard, que existem planos de alguém interessado em relançar a marca.

Scheufele é um membro da família Scheufele que dirige a Chopard desde 1963 e provavelmente andava à procura de novas oportunidades de negócios. Rresultado: a Chopard compra a marca e cria uma nova empresa. A divisão Chopards LUC desenvolve novos movimentos especialmente para Ferdinand Berthoud. Em 2015 a Chopard relança oficialmente a marca.


A história de Ferdinand Berthoud:


1727 – (18 de março) Nascimento de Ferdinand Berthoud em Plancemont-sur-Couvet, Suíça. 1741 – Começa como aprendiz de relojoeiro em Couvet. 1745 – Muda-se para Paris para estudar relojoaria. 1752 – Apresenta um relógio de equação do tempo de caixa longa para o Academia de Paris. 1753 – Recebe o título de Mestre Relojoeiro atribuído pelo rei francês. 1763 – Escreve um de seus ensaios mais importantes. 1775 – Henry Berthoud começa a dirigir a oficina de Paris. 1783 – Henry morre e Louis Berthoud começa a administrar a oficina. 1807 – (20 de Junho) Ferdinand Berthoud morre em Grosley, França. 1807 – Louis Berthoud assume o negócio. 1813 – Louis Berthoud morre e seus filhos Jean-Louis e Charles-Auguste assumem o negócio. 1876 ​​– Charles-Auguste Berthoud morre, a marca entra em coma. 2006 – O Grupo Chopard compra a marca. 2015 – Chopard relança a marca. 2016 – Marca ganha o prêmio “Aiguille d'Or” Grand Prix no Grand Prix d'Horlogerie de Genève.





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