A história da Patek Philippe, desde a sua fundação em 1839, é marcada por uma contínua busca pela perfeição, precisão e inovação no campo da relojoaria. Reconhecida mundialmente como uma das mais prestigiadas fabricantes de relógios de luxo, a marca suíça soube combinar, ao longo dos séculos, a tradição artesanal com avanços técnicos, preservando a excelência e o prestígio que sempre a caracterizaram.
As Origens da Patek Philippe (1839-1877)
O início da Patek Philippe remonta ao encontro entre Antoine Norbert de Patek, um nobre polaco refugiado na Suíça, e François Czapek, um relojoeiro de origem checa. Em 1839, ambos decidiram fundar a Patek, Czapek & Cie, em Genebra, com o propósito de criar relógios de alta qualidade, destinados a uma clientela exigente. A colaboração entre Patek e Czapek viria a terminar em 1844, mas nesse mesmo ano Patek conheceu Jean-Adrien Philippe, um relojoeiro francês que revolucionara a indústria relojoeira com a invenção do sistema de corda sem chave.
Em 1845, a empresa adotou o nome Patek & Cie e, em 1851, após a entrada formal de Philippe como sócio, passou a chamar-se Patek, Philippe & Cie. Esse período marca o início de uma nova era para a relojoaria mundial. O sistema de corda e ajuste de horas sem chave, patenteado por Philippe, permitia ao utilizador ajustar o relógio sem o uso de uma chave separada, uma inovação que veio a definir os padrões da alta relojoaria.
Durante a Grande Exposição de Londres de 1851, a Rainha Vitória da Inglaterra ficou encantada com os relógios Patek Philippe e adquiriu um exemplar. Esse evento, além de solidificar a reputação da marca entre a nobreza europeia, garantiu à Patek Philippe um lugar entre as mais exclusivas casas relojoeiras da época. Rapidamente, a empresa começou a atender uma clientela aristocrática e real, que apreciava não só a precisão dos seus mecanismos, mas também a beleza estética das suas criações.
Expansão e Avanços Técnicos (1878-1931)
Nos anos seguintes, a Patek Philippe continuou a sua trajetória de inovação e expansão. Em 1868, a marca alcançou um novo marco ao criar o primeiro relógio de pulso suíço, destinado à Condessa Koscowicz da Hungria. Esta criação foi uma resposta à crescente procura por peças de relojoaria portáteis, que começaram a ganhar popularidade entre as mulheres da alta sociedade. O fabrico de relógios de pulso demonstrou a capacidade da empresa em antecipar as tendências e adaptar-se às mudanças nas preferências dos consumidores.
Entre 1878 e 1931, a Patek Philippe consolidou-se como líder no fabrico de relógios de alta complicação. Em 1881, a empresa registou uma patente para um regulador de precisão, e em 1889, obteve outra patente, desta vez para o mecanismo de calendário perpétuo para relógios de bolso.
Em 1902, solicitou a patente para o primeiro cronógrafo duplo. A Patek Philippe não apenas elevou os padrões da engenharia relojoeira, como também desempenhou um papel fundamental na definição dos conceitos modernos de relojoaria fina — algo que hoje é frequentemente considerado garantido. Por isso, é sempre um desafio reconhecer devidamente o mérito dos pioneiros.
Durante este período, a marca também começou a explorar a criação de relógios de grande complexidade, como o "Duke of Regla", um relógio de bolso com carrilhão Westminster, concluído em 1910.
Em 1916 a Patek Philippe produz o primeiro relógio de pulso feminino complicado com repetição de cinco minutos, No. 174 603.
Em 1923 lançou o primeiro cronógrafo de recuperação (rattrapante), um cronógrafo que possui dois ponteiros de segundos centrais sobrepostos: o de cronógrafo e o de recuperação. Este último pode ser imobilizado, independentemente do primeiro, para leituras intermédias.
Em 1925, a Patek Philippe fez história ao criar o seu primeiro relógio de pulso com calendário perpétuo, o No. 97 975. Este relógio inovador foi uma demonstração do extraordinário talento técnico da marca, capaz de desenvolver complicações altamente sofisticadas num formato de pulso. O calendário perpétuo, uma das funções mais complexas da relojoaria, ajusta automaticamente os dias do mês, tal como os anos bissextos, sem necessidade de correção manual.
Em 1927, James Ward Packard, um dos maiores colecionadores de relógios da sua época, recebeu o seu extraordinário relógio de bolso astronómico da Patek Philippe, conhecido como “Packard”, No. 198 023. Este relógio de bolso, encomendado especialmente por Packard, possuía complicações astronómicas impressionantes, como a exibição das fases da lua e outras funções celestes avançadas. Este modelo destacou-se não só pela sua complexidade técnica, mas também pela sua beleza estética, reflectindo o compromisso da Patek Philippe em combinar engenharia de precisão com design elegante. O “Packard” permanece até hoje uma peça icónica na história da relojoaria.
Uma Nova Era de Gestão e Continuidade (1932-1988)
Nos anos 1930, os irmãos Jean e Charles Henri Stern fizeram um investimento significativo na Patek, Philippe & Cie, assegurando o futuro da prestigiada manufactura suíça de relojoaria. A família Stern, já envolvida na produção de mostradores de relógio de alta qualidade, reconheceu o potencial da marca e decidiu contribuir para o seu crescimento. Nesse mesmo ano, a Patek Philippe lançou o primeiro modelo da icónica coleção Calatrava, que viria a tornar-se um símbolo intemporal da marca.
Um dos feitos mais notáveis dessa era foi a criação do "Graves", o relógio de bolso supercomplicado encomendado por Henry Graves Jr., em 1933. Este relógio, composto por 24 complicações, manteve o título de relógio mais complicado do mundo por mais de 50 anos.
Este período foi também marcado pela introdução, em 1941, da produção regular de relógios de pulso com calendário perpétuo, uma novidade no mercado relojoeiro.
Durante as décadas de 1940 e 1950, a Patek Philippe consolidou-se como uma das marcas mais premiadas pela precisão dos seus relógios, conquistando um número recorde de primeiros prémios nas competições do Observatório de Genebra. Em 1949, a empresa registou a patente do balanço Gyromax, que melhorou ainda mais a precisão dos seus movimentos.
O Investimento no Futuro (1950-1988)
Ao longo da segunda metade do século XX, a Patek Philippe continuou a ser pioneira no desenvolvimento de novos calibres e mecanismos.
Em 1953, lançou o seu primeiro mecanismo de corda automática, o calibre 12-600AT, assinalando um avanço extremamente significativo no campo da relojoaria.
Este movimento inovador aproveitava a rotação de uma massa oscilante para enrolar a sua mola real, eliminando a necessidade de dar corda manualmente. Com um rotor em ouro de 18 quilates e acabamentos refinados, este calibre tornou-se uma referência de excelência na indústria, combinando precisão técnica com a tradição estética da marca
Em 1956, a Patek Philippe alcançou outro marco importante na história da relojoaria ao fabricar o primeiro relógio totalmente electrónico. Este avanço tecnológico representou uma revolução na medição do tempo, integrando componentes electrónicos para garantir uma precisão sem precedentes, eliminando a necessidade de partes mecânicas tradicionais.
Em 1958, Henri Stern, filho de Charles Henri Stern, tornou-se presidente da empresa, assegurando a continuidade da gestão familiar. Sob a sua liderança, a Patek Philippe continuou a desenvolver inovações técnicas, como os relógios com fuso horário e os mecanismos ultrafinos. Um dos lançamentos mais marcantes desse período foi a coleção Nautilus, em 1976, um modelo desportivo de luxo que viria a transformar-se num ícone da marca.
Em 1962, a Patek Philippe estabeleceu um recorde mundial de precisão para um relógio mecânico com o seu movimento de turbilhão no prestigiado Observatório de Genebra.
Em 1968, a Patek Philippe lançou o primeiro modelo Golden Ellipse, Ref. 3548, introduzindo uma forma distinta e elegante no mundo da relojoaria. Inspirado pela proporção áurea, o design do Golden Ellipse combinava a geometria de um círculo e um rectângulo, resultando numa estética única e harmoniosa que rapidamente se tornou icónica. O Ref. 3548 foi celebrado pela sua simplicidade refinada e sofisticação atemporal, destacando a capacidade da Patek Philippe de criar relógios que transcendem as tendências, mantendo-se relevantes e desejáveis ao longo das décadas.
Um Futuro Marcado pela Supremacia Mecânica (1989-2019)
Em 1976, a Patek Philippe revolucionou o mercado de relógios desportivos de luxo com o lançamento do Nautilus Ref. 3700/1, desenhado pelo actualmente reputado Gérald Genta. Com a sua distinta caixa em aço inoxidável, inspirada na escotilha de um navio, o Nautilus combinava elegância e robustez, características raramente vistas em relógios desportivos na altura. O Ref. 3700/1 tornou-se instantaneamente um ícone, redefinindo o conceito de relógios de luxo ao introduzir uma peça desportiva sofisticada que podia ser usada tanto em ambientes casuais como formais. Até hoje, o Nautilus mantém-se como um dos modelos mais procurados e celebrados da Patek Philippe.
Em 1977, a Patek Philippe apresentou o calibre automático ultrafino 240, uma verdadeira obra-prima da engenharia relojoeira, que foi patenteada pela sua inovação técnica. Este movimento revolucionário, com apenas 2,53 mm de espessura, incorporava um microrrotor descentrado em ouro de 22 quilates, permitindo manter a espessura mínima sem sacrificar a precisão ou a reserva de marcha. O calibre 240 tornou-se uma referência em relógios elegantes e sofisticados, permitindo à Patek Philippe criar modelos ultrafinos que combinam a mais alta precisão com um design requintado. Este calibre continua a ser usado em várias complicações da marca, sendo um símbolo da excelência técnica da Patek Philippe.
Em 1985 lançou a Ref. 3940, um relógio ultrafino com calendário perpétuo que rapidamente se tornou um dos modelos mais icónicos da marca. Este relógio, com apenas 9 mm de espessura, combinava uma complicação altamente sofisticada com um design elegante e discreto, permitindo que os utilizadores visualizassem a data, dia, mês, ano bissexto e fases da lua, sem necessidade de ajustes, até 2100. O Ref. 3940 foi celebrado pela sua inovação técnica e pela perfeição estética, consolidando-se como um dos modelos mais admirados entre colecionadores e entusiastas da alta relojoaria.
Em 1989, para celebrar os 150 anos da Patek Philippe, a marca lançou o extraordinário Calibre 89, um relógio que, com 33 complicações, estabeleceu um recorde como o relógio portátil mais complicado de todos os tempos. Este feito notável da relojoaria combinou algumas das funções mais avançadas e raras, incluindo calendário perpétuo, fases da lua, equação do tempo e até mesmo um mapa estelar. O Calibre 89 foi o culminar de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento, reflectindo a dedicação da Patek Philippe à inovação e à excelência técnica. Esta peça única solidificou a posição da marca como líder incontestável no mundo da alta relojoaria.
Em 1993, Philippe Stern assumiu a presidência da Patek Philippe, dando continuidade ao legado da família Stern na liderança da empresa. Sob a sua direção, a marca consolidou ainda mais a sua reputação como uma das mais prestigiadas e inovadoras na relojoaria de luxo. Philippe Stern foi responsável por impulsionar a Patek Philippe para novos patamares, promovendo a criação de relógios altamente complicados e o fortalecimento da tradição artesanal. Durante o seu mandato, a marca também expandiu a sua presença global e lançou o Patek Philippe Museum, em Genebra, reforçando a ligação entre o passado e o futuro da relojoaria.
Em 1993, a Patek Philippe lançou a coleção Gondolo, inspirada no design Art Deco e na tradição histórica da marca com os "relógios de cronômetro Gondolo" do início do século XX. A coleção, com destaque para o elegante Ref. 5024, apresenta uma caixa retangular e linhas geométricas marcantes, refletindo o estilo clássico e intemporal da Art Deco. O Ref. 5024 destacou-se pelo seu equilíbrio entre sofisticação e simplicidade, sendo uma homenagem às formas tradicionais da relojoaria, ao mesmo tempo que mantém o compromisso com a inovação técnica. A coleção Gondolo continua a ser uma das favoritas entre os amantes de relógios que apreciam um design distinto e refinado. A Patek Philippe obteve a patente para o mecanismo do Calendário Anual em 1996, com a introdução da referência 5035J.
Este mecanismo inovador permite que o relógio reconheça automaticamente os meses com 30 e 31 dias, necessitando de ajuste manual apenas uma vez por ano, em fevereiro. A Ref. 5035J foi o primeiro relógio de pulso do mundo a incorporar essa função, combinando praticidade e complexidade técnica em uma peça elegante. O Calendário Anual rapidamente se tornou um dos marcos da relojoaria moderna, consolidando a posição da Patek Philippe como líder em inovação na alta relojoaria.
Inaugurada em 1996, a sede da Patek Philippe em Plan-les-Ouates abriga diversas etapas da produção dos seus relógios, desde a concepção e desenvolvimento até à montagem final.
A Patek Philippe Ref. 5065A, lançada em 1998, é uma peça marcante da coleção Aquanaut. Este modelo, com uma caixa em aço inoxidável de 38 mm, combina a robustez e praticidade de um relógio desportivo com a sofisticação da alta relojoaria. A pulseira de borracha tropical, resistente e inovadora, aliada ao seu design contemporâneo com mostrador guilloché e marcadores luminosos, destacam a versatilidade do relógio. Com resistência à água até 120 metros e um movimento automático de alta precisão, a Ref. 5065A reflecte o equilíbrio entre funcionalidade e elegância que caracteriza as criações da Patek Philippe.
A Patek Philippe Ref. 4910/10A da coleção Twenty~4 foi lançada como uma homenagem à mulher moderna, combinando elegância e praticidade num design atemporal. Com uma caixa rectangular em aço inoxidável e uma pulseira integrada, o modelo apresenta um mostrador com diamantes incrustados, que confere sofisticação e brilho discreto. Movida por um mecanismo de quartzo, a Ref. 4910/10A é projectada para acompanhar a mulher em todas as ocasiões, do dia a dia ao evento formal, refletindo o compromisso da Patek Philippe em criar relógios que são simultaneamente refinados e funcionais.
A Patek Philippe lançou o Star Caliber 2000 para celebrar a chegada do novo milénio, em 2000, como uma demonstração de excelência técnica e inovação. Este relógio de bolso extraordinário é composto por 21 complicações, incluindo um turbilhão, um repetidor de minutos e a indicação das fases da lua. Uma das suas características mais impressionantes é o som de Westminster, que reproduz o toque dos sinos do Big Ben. O Star Caliber 2000 é uma obra-prima da relojoaria que exemplifica o compromisso da Patek Philippe com a tradição e o progresso técnico, consolidando a sua reputação como um dos mais respeitados relojoeiros do mundo.
Em 2001 lançou o Sky Moon Turbilhão, Ref. 5002, o relógio de pulso mais complicado da sua coleção. Esta peça é uma obra-prima da relojoaria, com um design de duas faces, uma na frente e outra no verso. A face frontal apresenta um mostrador tradicional, enquanto a parte de trás revela complicações astronómicas.
Entre as suas principais características estão o turbilhão, o calendário perpétuo retrógrado, as fases da lua, o tempo sideral e um mapa celeste que mostra a posição das estrelas. O Sky Moon Turbilhão, Ref. 5002, tem 12 complicações.
A abertura do Museu Patek Philippe em Genebra ocorreu em 2001, um momento marcante para os entusiastas e colecionadores de relojoaria de todo o mundo. Situado num edifício histórico no bairro de Plainpalais, o museu apresenta uma das mais notáveis coleções de relógios, com exemplares que remontam ao século XVI.
O acervo exibe criações da própria Patek Philippe, assim como relógios antigos de vários fabricantes e peças representativas da relojoaria europeia e suíça. Além de relógios, o museu conta com instrumentos de medição do tempo e artefactos relacionados com a história da relojoaria, oferecendo uma visão completa da evolução deste ofício.
A Patek Philippe apresentou o 10-Day Turbilhão, Ref. 5101P, em 2003. Este relógio de pulso destaca-se pelo movimento de corda manual com uma impressionante reserva de marcha de 10 dias, o que o torna um dos mais notáveis na sua categoria. O turbilhão, visível através do fundo em safira, demonstra a mestria da marca na combinação de inovação técnica com estética refinada. O Ref. 5101P apresenta um design elegante, com uma caixa rectangular em platina e detalhes clássicos que o caracterizam como uma peça de alta relojoaria.
Em 2005, a Patek Philippe lançou o Calendário Anual Ref. 5250, destacando-se como o primeiro relógio com uma roda de escape feita de um material revolucionário à base de silício. Este avanço tecnológico representou uma mudança significativa no uso de novos materiais na relojoaria, especificamente no sistema de escape de âncora suíço.
O silício, altamente resistente ao desgaste e imune aos campos magnéticos, melhorou a precisão e a durabilidade do movimento. O relógio com a Ref. 5250 manteve as características clássicas do Calendário Anual da Patek Philippe, mas esta inovação consolidou o papel da marca como pioneira na introdução de novas tecnologias na relojoaria mecânica.
A renovação dos salões da Patek Philippe na rue du Rhône, em Genebra, foi concluída em 2006, marcando um novo capítulo na presença da marca na cidade. Estes salões, localizados numa das zonas mais prestigiadas de Genebra, foram transformados para proporcionar um ambiente ainda mais sofisticado e acolhedor aos seus visitantes. O espaço oferece uma vitrine elegante para as criações da Patek Philippe, destacando o compromisso da marca com a excelência e a tradição relojoeira.
Em 2006, a Patek Philippe Advanced Research lançou a mola de balanço Spiromax, fabricada a partir de um material revolucionário à base de silício. Esta inovação representou um passo importante no avanço tecnológico da relojoaria, com o silício a proporcionar vantagens significativas, como a resistência ao desgaste e a imunidade aos campos magnéticos, melhorando a precisão e a durabilidade dos movimentos.
Dois anos depois, em 2008, a Patek Philippe Advanced Research apresentou o escape Pulsomax, também feito de silício. Esta nova inovação reforçou ainda mais o papel da marca como líder na incorporação de novas tecnologias na relojoaria, trazendo melhorias substanciais na eficiência dos movimentos mecânicos.
Em 2009, Thierry Stern assumiu a presidência da Patek Philippe, marcando a continuação da liderança familiar da empresa. Com Thierry Stern ao leme, a marca manteve o seu foco na inovação e na preservação da tradição relojoeira, assegurando o futuro da Patek Philippe como uma das principais fabricantes de relógios de luxo do mundo.
No mesmo ano, foi lançado o movimento CH 29-535 PS, integrado no Ladies First Chronograph, uma peça emblemática da coleção feminina da marca. Este movimento marcou um avanço significativo, demonstrando a capacidade da Patek Philippe de criar movimentos mecânicos sofisticados para relógios de senhora, combinando elegância com engenharia de precisão.
Em 2011, a Patek Philippe lançou o conjunto Oscillomax, que reúne a mola de balanço Spiromax, o escape Pulsomax e o balanço GyromaxSi, todos com componentes em silício. Esta inovação mostrou a visão de longo prazo da marca em aplicar novas tecnologias para melhorar a precisão e a fiabilidade dos seus relógios.
Ainda em 2011, foi introduzido o Ladies First Minute Repeater, Ref. 7000R, um relógio que reforça a dedicação da Patek Philippe em criar complicações para o público feminino. Este repetidor de minutos é uma das complicações mais prestigiosas da relojoaria, demonstrando a excelência técnica e a beleza estética que caracteriza a marca.
A Patek Philippe continuou a sua tradição de exposições internacionais com a "Watch Art Grand Exhibition" em 2012, realizada no Dubai. Este evento deu aos colecionadores e entusiastas a oportunidade de ver de perto uma vasta gama de peças icónicas da marca, celebrando a arte da relojoaria em grande estilo.
Em 2013, Munique foi a cidade anfitriã da segunda "Watch Art Grand Exhibition", onde a Patek Philippe apresentou a sua rica herança e as suas criações mais recentes. Estes eventos são uma forma da marca aproximar-se dos seus clientes e partilhar a sua paixão pela relojoaria com um público global.
Em 2014, a Patek Philippe celebrou o seu 175º aniversário com uma coleção especial de relógios comemorativos, que homenagearam a longa história de inovação e de preservação do trabalho dos artesãos da marca. Estes modelos tornaram-se peças de colecionador.
Em 2015, a marca lançou o Calatrava Pilot Travel Time, Ref. 5524G, um relógio que combinava a tradição clássica da Patek Philippe com um design mais ousado e moderno. Este modelo destacou-se por oferecer uma função de duplo fuso horário, muito útil para viajantes frequentes.
Em 2016, a Patek Philippe introduziu o Grandmaster Chime, Ref. 6300G, na sua coleção atual. Este relógio, considerado uma obra-prima, possui múltiplas complicações, tal como um repetidor de minutos, turbilhão e várias outras funções, sendo um dos mais complexos da marca.
No mesmo ano, foi lançado o World Time Chronograph, Ref. 5930G, um modelo que combina a complicação de cronógrafo com a função de hora mundial, permitindo ao utilizador acompanhar o tempo em várias zonas horárias de forma simultânea, destacando-se pela sua utilidade e design refinado.
Em 2017, a Patek Philippe Advanced Research revelou o Aquanaut Travel Time Ref. 5650G, um modelo que introduziu inovações tecnológicas, como um sistema de ajuste de zona horária feito de silício.
A "Watch Art Grand Exhibition" de 2017 teve lugar em Nova Iorque, onde a Patek Philippe exibiu as suas peças mais prestigiadas e contou a história da marca através de uma série de exposições imersivas e eventos educativos.
Em 2018, a Patek Philippe lançou o World Time Minute Repeater, Ref. 5531R, que se destacou como o primeiro repetidor de minutos que também mostra a hora local em qualquer parte do mundo. Este relógio combina duas complicações prestigiadas.
Ainda em 2018, a marca lançou o Twenty~4 Automatic, Ref. 7300, por forma a expandir a sua linha de relógios automáticos femininos. Este modelo foi desenhado para mulheres modernas, oferecendo tanto elegância como funcionalidade, uma combinação de design clássico com movimento automático.
Em 2019, a Patek Philippe apresentou o Alarm Travel Time, Ref. 5520P-001, que trouxe uma nova complicação ao universo dos relógios de viagem, ao integrar uma função de alarme com o tempo de viagem, tornando-o um dos modelos mais práticos e sofisticados para viajantes.
No mesmo ano, foi lançado o Calatrava Weekly Calendar, Ref. 5212A-001, um relógio que apresenta uma função de calendário semanal inédita, reforçando o compromisso da Patek Philippe com a inovação no design e funcionalidade dos seus relógios.
Por fim, em 2019, Singapura foi palco da "Watch Art Grand Exhibition", um evento que celebrou a relojoaria e a arte da Patek Philippe, permitindo ao público asiático conhecer de perto as criações e a herança da marca através de exposições e mostras exclusivas.
Ontem, 18.10.2024, a Patek Philippe lançou a nova coleção Cubitus, a primeira linha totalmente nova em mais de 25 anos. Composta por três modelos distintos, a coleção reinterpreta o estilo desportivo-elegante, destacando-se pelo uso de caixas com lunetas quadradas de cantos arredondados, uma inovação no design que preserva o prestígio da marca.
A Patek Philippe é, sem dúvida, uma das marcas que mais contribuiu para elevar os padrões da relojoaria ao longo da sua história, permanecendo até hoje como um ícone tanto no domínio técnico como no estético. Desde a sua fundação, a marca destacou-se pela capacidade de inovar, ao combinar precisão mecânica e beleza no design, o que a torna única no mundo da relojoaria.
Um dos grandes segredos do seu sucesso reside na forte ligação com os seus artesãos. A marca reconhece o valor do trabalho manual e o impacto deste na criação de relógios excepcionais. Promove uma colaboração estreita com os mestres relojoeiros, preserva técnicas tradicionais e adota inovações tecnológicas. Este compromisso com a excelência artesanal é uma das razões pelas quais a Patek Philippe continua a ser uma referência no sector.
O seu museu, considerado um dos melhores do mundo no campo da relojoaria, reflete esta história e dedicação. Cada visita ao espaço oferece uma oportunidade única para qualquer entusiasta ou especialista aumentar o conhecimento sobre a evolução da relojoaria e admirar exemplares que representam o melhor da arte e ciência relojoeira. O legado da Patek Philippe vai muito além da produção de relógios, sendo essencial para a preservação e transmissão da herança relojoeira mundial.
Parabéns Nuno.