The Time Eater @ Louis Erard
A Louis Erard decidiu que o seu tradicional modelo regulador seria a peça ideal para dar expressão relojoeira a uma espécie de grotesco ciclope com uma boca cheia de dentes serrilhados. Uma figura mitológica reinterpretada pelo mestre relojoeiro Konstantin Chaykin.
Duas variações de cores, em edições limitadas (duas vezes 178 peças) e em díptico (box set limitado a 28 peças).
A Louis Erard, fabricante suíço de relógios ditos acessíveis, tornou-se nos últimos anos num verdadeiro mentor de colaborações interdisciplinares sob a direção de Manuel Emch, com métiers d'art (guillochage, marchetaria, esmalte), com criadores (seconde/seconde, atelier oï , Label Noir, Massena Lab) e com grandes nomes da relojoaria independente (Alain Silberstein, Vianney Halter) - e a história não parece que vá ficar por aqui.
Konstantin Chaykin @ Louis Erard
Konstantin Chaykin é membro da AHCI (Académie Horlogère des Créateurs Indépendants) com reputação mundial e inventividade comprovada (94 patentes). Um mestre relojoeiro que se tornou verdadeiramente célebre com uma coleção chama-se Wristmons (monstros do pulso), lançada em 2017, e que se tem vindo a expandir ano após ano, como se se tratasse de uma grande e feliz família de vilões mecânicos.
O encontro entre a Louis Erard e Konstantin Chaykin deu origem a uma estranha criatura. Um monstro com um olho ao qual a mecânica dá vida. A diferença é que desta vez nem sequer somos nós que estamos a olhar para o tempo, antes é o tempo que está a olhar para nós: a indicação das horas é efectuada através de um único olho, grande e redondo.
Este olhar ciclópico retoma os elementos originais dos Wristmons e mais particularmente do primeiro relógio Joker de Konstantin Chaykin - cujos olhos eram constituídos por discos brancos marcados com um ponto. Nos contos eslavos, a criatura chama-se Likho. Konstantin Chaykin explica como surgiu:
“Sempre que celebrava o Halloween eu criava um novo tipo de monstro, ou seja, relógios de pulso com um tema de Halloween, como o relógio cabeça de abóbora e o relógio Drácula, por exemplo. Com a intenção de procurar novas ideias para esta história, decidi recorrer ao personagem Likho dos contos de fadas.”
Ou seja, esta não é a primeira “brincadeira” de Konstantin Chaykin. E também não é a primeira da Louis Erard, que até construiu uma sólida reputação neste campo nos últimos anos, com edições especiais que unem dois mundos que normalmente não interagem entre si. As edições são sempre limitadas a 178 exemplares, número que simboliza o “leitmotiv”.
The Time Eater @ Louis Erard
Para colocar um ponteiro de segundo às seis horas, Chaykin transformou um disco rotativo numa boca cheia de dentes pontiagudos. Inspiração cruzada, como explica Konstantin Chaykin:
"Lembrei-me de Francisco Goya e do seu Saturno a devorar um dos seus filhos. Pensei também num conto de Stephen King, Os Langoliers, comedores de tempo”.
Ao monstro só lhe faltava um braço, e o ponteiro central dos minutos servia perfeitamente. Konstantin Chaykin prolonga assim este elemento dando a ideia de “dois ponteiros girando num círculo".
E para completar o personagem caricatural, o relojoeiro brincou ainda com as "combinações específicas de dedos", que dão ao conjunto a aparência de uma flecha: uma ponta numa ponta, uma plumagem na outra; um dedo esticado de um lado, um sinal de “chifres” do outro lado, acrescentando que “Cabe a cada um interpretar o significado”.
Estojo do The Time Eater @ Louis Erard
A criatura esta disponível em duas versões distinguidas por um círculo horário roxo para a peça de 39 mm e um verde para a de 42 mm, ambos com o preço chocante de 4.000 francos. As duas versões formam um díptico, proposto numa caixa especial por 7.900 francos e limitado a apenas 28 exemplares.
O conjunto The Time Eater @ Louis Erard
Para mais informações sobre a Louis Erard visite o sitio da marca aqui.
Para mais informações sobre Konstantin Chaykin, visite o sitio do mestre aqui.
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