Após o primeiro artigo, trago-vos em mais detalhe o funcionamento da base da caixa. Uma parte essencial neste projecto. Esta é uma base que não serve apenas como fundação, nem tão pouco é um simples apoio que permite girar o “cubo” que sustenta. É uma base que atribui complexidade e dinâmica a um objecto de formas rígidas.
Uma caixa tem de se “abrir”, algo que normalmente tomamos como óbvio. Mas como se abre? Neste caso, existem três portas, que deslizam e se expandem revelando o seu interior secreto.
E tecnicamente, como se consegue algo tão bizarro?
O cubo encaixa num veio ligado a uma base giratória, também conhecida por “lazy susan”. Este veio permite que o cubo rode sobre si mesmo. Neste processo de rotação é criada a tração e energia necessárias para girar roscas, engrenagens e empurrar alavancas.
Então e se se quiser apenas girar o módulo principal para observar os relógios?
Para tal, a base conta um sistema de embraiagem que funciona de forma binária, ligando ou desligando as duas estruturas. Por forma a tornar mais interessante o sistema de embraiagem, foi adicionado um módulo contendo uma Roda de Genebra. É graças à inventividade e génio de um relojoeiro no Séc. XVII que existe este mecanismo que se move de forma discreta permitindo que um componente “salte” de forma imediata. Uma complicação que adiciona um evento de espetacularidade a um processo puramente mecânico, dando a sensação que algo muda de forma segura, sólida e imediata.
Para mais detalhes desta viagem fiquem atentos,
Abraço,
P. Eloy Sena R.
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