Relojoaria por Escala: Tipos e Reparação
- Nuno Margalha
- há 3 dias
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Atualizado: há 2 dias
Na relojoaria, apreciamos a organização, a categorização, a distinção. Por isso mesmo, os relógios são frequentemente classificados segundo as suas funções ou segundo o contexto para o qual foram concebidos — formais, os mais finos e com um aspecto mais sóbrio; desportivos, geralmente mais robustos e com um aspecto mais funcional ou técnico; entre outras categorias possíveis. No entanto, talvez a primeira distinção a considerar deva ser feita com base nas suas dimensões. Fique também a conhecer como funciona o processo de reparação de um relógio.

Tipos de Relógios: Relojoaria Fina, Grossa e Monumental
A importância da dimensão na classificação dos relógios
Na classificação dos diferentes tipos de relógios, um dos critérios mais relevantes é o da dimensão. A escala do mecanismo e da caixa influencia não apenas a estética e a funcionalidade, mas também a forma como os profissionais da relojoaria os abordam.
Relojoaria fina: menor escala
Os relógios de menor escala, como os relógios de pulso e os relógios de bolso, inserem-se tradicionalmente na categoria da relojoaria fina. Esta designação está associada à miniaturização dos componentes, à elevada precisão mecânica e ao refinamento técnico e estético. Trata-se do ramo mais delicado e detalhado da relojoaria, o que exige ferramentas específicas e grande destreza manual.

Relojoaria grossa: escala intermédia
Seguem-se os relógios de parede, relógios de coluna e relógios de mesa de grandes proporções, que pertencem ao domínio da chamada relojoaria grossa — também por vezes referida como relojoaria média. Este tipo de relojoaria envolve componentes de maior escala, sistemas de sonorização mais robustos e uma construção menos compacta do que aquela da relojoaria fina.
Relojoaria monumental: grande escala
Por fim, encontramos a categoria da relojoaria monumental, que abrange os relógios de torre, instalados em igrejas, edifícios públicos e monumentos históricos. Estes mecanismos de grandes dimensões requerem construção especializada, montagem no local e manutenção regular, muitas vezes com componentes únicos ou fabricados por encomenda.

Uma classificação baseada na tradição relojoeira
A distinção entre relojoaria fina, relojoaria grossa e relojoaria monumental não faz parte de uma nomenclatura oficial unificada. Trata-se de uma categorização que resulta da tradição oficinal, da transmissão oral entre mestres relojoeiros e do ensino técnico especializado. Ainda hoje, esta classificação é amplamente utilizada por profissionais da relojoaria, historiadores e instituições do sector.
Especialização na relojoaria: uma escolha prática
Todos os relojoeiros devem compreender o funcionamento dos três principais tipos de relógios. No entanto, é comum que escolham especializar-se num deles. Esta escolha depende frequentemente das características da oficina de relojoaria e das ferramentas disponíveis, mais do que do conhecimento técnico sobre os diferentes mecanismos.
Entre os três domínios, a relojoaria fina é a área mais comum de especialização, uma vez que existem mais relógios deste tipo em circulação do que relógios de relojoaria grossa ou monumental.
Reparação de relógios: desmontagem, lavagem, lubrificação e afinação
A reparação de relógios mecânicos — sejam de relojoaria fina, relojoaria grossa ou relojoaria monumental — exige quase sempre a desmontagem completa de todos os componentes do relógio. Cada peça deve ser cuidadosamente lavada, com recurso a benzina purificada ou soluções de limpeza específicas para relojoaria, aplicadas manualmente ou com recurso a máquinas de lavagem rotativas ou máquinas de ultra-sons.
Relógio em manutenção no curso de relojoaria grossa do IPR
Após a lavagem, todas as peças são inspeccionadas individualmente para identificar desgaste, falhas ou defeitos. Sempre que necessário, o relojoeiro procede à reparação de peças, à substituição por componentes compatíveis ou até à fabricação manual de peças novas, especialmente em relógios antigos ou raros.
Segue-se a montagem meticulosa do mecanismo, com aplicação dos óleos relojoeiros adequados em cada ponto de contacto, conforme o tipo de movimento. A lubrificação correcta é essencial para o bom funcionamento e durabilidade do relógio.
Finalmente, o desempenho do relógio é testado com o auxílio de cronocomparadores ou máquinas de medição de precisão, que analisam a regularidade do tic-tac, a amplitude do balanço e a precisão horária, o que permite ao relojoeiro fazer os últimos ajustes.
Serviços de reparação prestados pelo IPR
No IPR colaboramos com uma rede especializada de relojoeiros, o que nos permite aceitar todo o tipo de relógios para reparação, independentemente da sua complexidade ou dimensão. Se possui um relógio que necessita de intervenção, não hesite em contactar-nos.
Prestamos os seguintes serviços:
– Polimento e restauro de caixas
– Revisão completa de movimentos
– Reparação de componentes mecânicos
– Restauro de mostradores e ponteiros
Como funciona o processo de reparação no IPR
Os relógios são entregues presencialmente no IPR, onde realizamos uma avaliação técnica inicial. Após o diagnóstico, é apresentado um orçamento detalhado ao cliente. Com a aceitação do orçamento, iniciamos os trabalhos de reparação, revisão ou restauro, conforme necessário. Concluído o serviço, o relógio é devolvido ao cliente em perfeitas condições de funcionamento.
O atendimento para entrega e recolha de relógios realiza-se:
Segundas, quintas e sextas-feiras, das 10h às 17h
Se não puder deslocar-se ao IPR, pode também consultar o nosso Directório Nacional de Relojoeiros, onde encontrará profissionais qualificados em todo o país.
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